terça-feira, 22 de maio de 2007

O porco do meu vizinho

O porco do meu vizinho já está bom! Falo do animal, evidentemente, porque o coitado do senhor não tem nada q se lhe aponte.

A estória é a seguinte: preparava-me eu no outro dia para gozar a minha bem merecida folga dormindo até tarde quando, do fundo dos meus sonhos, oiço a campainha a tocar. Salto da cama, com ar miseravel e em "piloto automatico" (já aqui referi as minhas dificuldades matinais) vou ver quem é o miseravel q ousa perturbar o meu merecido descanço. "Vizinho, venho pedir-lhe um favor" oiço do outro lado do portão. Com um esforço herculeo lá consegui por um ar apresentavel e perguntar o q se passa. "Tenho o porco doente, não se importa de o ir ver?"

Ainda aqui não o disse mas trabalho com animais...daqueles "de colo"... e nunca vi de perto (ou quase) animais de quinta. "Não percebo nada de porcos" respondi a 100 à hora. Ele não se fica e continua a contar-me das maleitas do animal. Que está murchito, que não quer comer, que já foi à farmacia mas o que lhe venderam não serviu pra nada..."Mas o q se passa com o porco?" "Tá com febre...n quer comer...." "Se está com febre deve precisar de um antibiotico" e sem pensar lá me ofereci pra ir buscar umas injecções para o bicho.

Só quando me aproximava da casa caí em mim....tratava-se de um porco, animal q me inspira algum receio (pra não dizer q me pelo de medo deles). O q é q raio eu ia fazer com o porco? "N há de ser nada..."

"O vizinho sabe dar as injecções?" pergunto eu ansioso por nem sequer me aproximar do animal. "Então você não sabe?" oiço de volta. "Tá bonita a coisa..." Enchi-me de coragem, e pra não dar parte e fraco retorqui "Claro q sei, mas era pra ver quem é q vai dar as injecção amanhã!"

E lá vamos nós ver o bixo... Estava em estado miseravel, deitado no chão da pocilga, sem dar ar de si. Depois de muita conversa, e sempre mantendo o meu ar "cool" de quem sabe do q fala e o q faz, lá os convenci a segurar o porco pra eu dar a injecção. "Aqui vamos nós..."

A coisa correu bem, entrei injectei e saí.

Só então achei q devia confessar q nunca tinha trabalhado com porcos. Pelo ar de admiração q todos fizeram a coisa deve ter corrido bem!